Olá a todos e todas!
Uma breve nota de retificação: No texto anterior Sobre nossas leituras de Tarot colocamos telefone e e-mail para que os leitores possam nos contatar para partilhar vivências e agendar consultas de tarot. Informamos que, infelizmente, ocorreu um equívoco de digitação no endereço de e-mail divulgado, pedimos perdão a todos os nossos leitores, em especial àqueles que dispuseram de seu valioso tempo para nos honrar com uma mensagem, e esperamos não ter causado nenhum mal. retificamos nosso endereço eletrônico e pedimos, por gentileza, para que, caso desejem se comunicar conosco para esclarecer qualquer dúvida, compartilhar experiências ou, conforme supracitado, agendar consultas de tarot, enviem e-mail para templodasabedoriaelemental@gmail.com
O telefone de contato está correto: (11) 4781-0714.
Desculpem o transtorno!
Vamos ao texto de hoje!
Temos dentro de nós forças inimagináveis, forças que poderiam nos mover à nossa missão, se fossem bem compreendidas e devidamente trabalhadas para agirem em nosso favor. No entanto, a base educacional do início da vida tem nos dado mais medo de nós mesmos do que nos encorajado a amar quem somos.
Isso ocorre porque temos, hoje, uma cultura fixada de medo que é transmitida tanto para o feminino quanto para o masculino que acabam por ficarem sempre mal compreendidos, onde não podem ser mais nada além de completamente passivo e completamente agressivo.
Explicando melhor, essa supracitada cultura do medo nos coloca constantemente numa posição de incapacidade sobre os próprios instintos, sobre a própria intuição. Estamos sendo educados a não ouvir nosso corpo nem nossas emoções, apenas jogamos ambos para responsabilidade de especialistas que também tem uma visão científica limitada, visão esta que não contempla o todo.
Um exemplo claro disso que acabamos de vos dizer é o parto como é tratado e conduzido hoje.
As dores sentidas nas contrações de parto são tidas como sofrimento, algo a ser acelerado e evitado, quando, na verdade, são parte de um processo importantíssimo que não é planejável, é como é. As contrações são, na maioria das vezes, violentas. É a forma do corpo da mãe dizer ao seu filho que está na hora certa de vir ao mundo, decisão que parte da preparação do filho (que necessita estar com pulmões maduros, prontos para respirar), então não é uma imposição mas, sim, uma percepção e um processo conjunto. Esse é o papel dos pais no nosso caminho. Nos oferecer carinho e cuidado para que, quando estivermos prontos, façam conosco o processo de corte, que, às vezes, precisa de mais firmeza para que aconteça. É natural, é fisiológico. Ainda assim, despejamos a responsabilidade do parto à terceiros, sendo que o instinto maternal e o emocional da família e da mãe são os fatores mais essenciais, todo o resto é apoio. Esse apoio é bom, mas não é essencial. No entanto, a equipe de parto acaba por ser essencial pelo despreparo da mãe e a desconfiança que ela tem sobre si própria, desconfiança desencadeada por séculos de imposição. Se torna essencial nos dias de hoje pela dificuldade que temos de encarar os processos que envolvem dor, o medo excessivo de nós mesmos, o pouco conhecimento que temos de nós e nossa precária consciência corporal e emocional.
A estrutura familiar da qual viemos está abalada, generalizamos esse quesito pois se tratam de gerações e gerações mal compreendidas, traumatizadas, sem entender seu propósito, num meio fio onde pais não podem ser pais e mães não podem ser mães. As crianças provenientes dessas relações também dificilmente conseguem vivenciar sua infância.
Pais de hoje são, em sua maioria, crianças mal entendidas de seu masculino, não sabem lidar com a paternidade pois não tiveram boas referências masculinas, acabam por ser relapsos ou agressivos. Isso consequentemente afeta o papel materno que fica sobrecarregado e, consequentemente, temos mulheres com traumas seríssimos relacionados a maternidade e relações afetivas, agressivas com suas crianças ou simplesmente sem tempo para maternar. Veremos em ambos os casos que há uma distorção enorme no que diz respeito à como direcionar a energia masculina e feminina.
O feminino de hoje luta constantemente contra a ditadura anterior que foi imposta pelos homens. É compreensível que esse movimento aconteça pois o equilíbrio se dá num movimento e não na estaticidade, porém, essa força feminina está sendo, em muitos momentos, igualmente agressiva tanto quanto no caso do machismo, o que está sobrecarregando a mesma de tarefas e responsabilidades, aliadas na busca por direitos sociais. Os homens, por sua vez, ficam entre oito ou oitenta (fracos, sem opinião ou demasiadamente agressivos). Uma união estável desse feminino e desse masculino só pode ser muito ruim ou precisar de um longo período e muito trabalho interno para resiliência.
Com esses exemplos citados não estamos generalizando que todos os homens e todas as mulheres sigam este padrão, estamos apontando o atual padrão de conduta social observado por nós através de nosso ciclo de contatos sociais, interações por meios de comunicação e o que estão mostrando todas as mídias as quais temos acesso.
Os casais que conseguem sair desta "armadilha" dificilmente tem problemas sérios, no entanto, é bem mais comum ouvirmos falar de casais com problemas sérios ou se separando do que o contrário, infelizmente.
Mais um esclarecimento: Falamos de energia feminina e masculina, casais homossexuais acabam naturalmente equilibrando essas energias mesmo que sendo do mesmo sexo ou em transição sexual.
COMO ESTE PROCESSO AFETA NOSSAS CRIANÇAS?
Seres de incrível consciência estão vindo para revolucionar padrões que não são mais ou nunca foram úteis para o nosso planeta.
Esses seres preciosos necessitam de uma educação diferenciada daquela que estamos habituados (aquela que padroniza e não respeita/ não dá espaço para os diferentes tipos de inteligência) e para isso precisam de pais que trabalham suas percepções de mundo com afinco e que estejam dispostos a fazer diferente das gerações anteriores. Esses pais podem não obter sucesso ou conseguir um pouco mais de abertura mental para seus filhos e aí, a missão se repetirá na geração seguinte, assim por diante.
Crianças que crescem num ambiente, habitat, que é constantemente violento e conflituoso, onde as pessoas não conseguem manter um vínculo minimamente saudável, terão muito trabalho a fazer para conseguir se livrar dessas lembranças e destes exemplos que se tornam marcas profundas no inconsciente, podem ser extremamente violentas ou inseguras. Crianças que crescem num ambiente onde não se fala de medos ou raiva, tampouco de instintos como o instinto sexual, quando sentirem-se com raiva ou sexualmente excitadas terão medo de si mesmas, criando armaduras invisíveis de ego sem maleabilidade para desenvolver sua própria personalidade. Crianças que crescem num ambiente onde lhes é imposta a passividade, tranquilidade, serenidade, serão incapazes de expressar as outras forças das quais são portadoras.
Precisamos dessa totalidade, não é e nem nunca foi uma questão de controle, não se pode controlar nossa natureza.
A totalidade, dentro da pedagogia familiar, se dá pela diversidade e principalmente pelo equilíbrio entre o feminino e o masculino.
Se um está ausente, dificilmente será substituído pois se trata de uma sobrecarga. Para um cuidador é humanamente impossível dar conta de transmitir o todo (feminino e masculino) o tempo todo.
Por isso, nas circunstâncias de mãe ou pai ausentes por qualquer razão, as crianças tendem a ter problemas com a energia que deveria ser colocada e não está sendo, pois o cuidador que tinha essa missão não está por perto.
QUAIS SÃO AS MISSÕES QUE A ENERGIA FEMININA E A ENERGIA MASCULINA, EM HARMONIA, CUMPREM NA NOSSA VIDA?
Em linhas gerais:
O masculino cuida do pensamento lógico, da ação contínua, da constância, da estratégia, da proteção à família, da análise ampla, da boa construção do corpo físico e mental, da execução dos planos, do direcionamento inteligente do instinto e da expressão das ideias tomadas em conjunto pelo casal.
O feminino cuida do lúdico, da inconstância, da observância, da análise detalhada, do entendimento emocional e subconsciente, da empatia, da telepatia, da nutrição, do acolhimento através do diálogo pacífico, da elaboração da matéria, da introspecção, da decisão do que será feito e do desenvolver mediúnico.
A ausência de uma das duas numa família leva, como já foi dito, á sobrecarga. Acontece também muito frequentemente de famílias não conseguirem cumprir o papel de uma das duas, por problemas e traumas com as experiências que estão registradas para com as gerações passadas.
Podemos quebrar esse ciclo entendendo qualquer tipo de impasse relacionado ao feminino e masculino em nós mesmos e qual a relação disso com o que vivenciamos no decorrer de nossa vida. É preciso compreender que, bem como a passividade é importante, tão importante é a atividade. Entender que a raiva e os instintos sexuais não devem ser negligenciados ou reprimidos, devem ser bem entendidos e bem direcionados e que nenhum ser humano é capaz de ser completamente "bom" todo o tempo, até porque "bondade" é relativa. Nossa grande missão aqui é aprender, evoluir. Antes de evoluir, o erro e a dor são as chances mais valorosas que temos em mãos, são bons mestres, é preciso validar nossa jornada e nossa totalidade.
O universo é cheio de nuances, está em constante transformação, bem como a natureza e seus habitantes.
No entanto, temos uma árdua caminhada a percorrer, visto que mesmo em se tratando de espiritualidade, o que prevalece na grande maioria dos discursos de lideranças espirituais, inclusive dentre os esotéricos ou espiritualistas independentes, ainda parece ser a ideia da evolução espiritual dependente ou de alguma maneira associada à anulação ou domínio, mas nunca à aceitação, à compreensão e ao devido direcionamento, daquilo que normalmente se entende como o lado "sombra" que geralmente representa a parte do nosso ser que não é agradável por ser considerada animalesca, portanto, agressiva ou instintiva de mais para ser concebida enquanto outra possibilidade de manifestação de amor.
As crianças precisam ser educadas para a totalidade. Não podem ser completamente pacíficas porque, quando os impulsos vierem a tona ou quando precisarem de outro tipo de ação, não saberão agir. Não podem, obviamente, crescer num ambiente agressivo e sem a mínima expressão de amor porque se tornarão agressivas.
Nesse campo que entramos agora, poderemos entender melhor a função das artes corporais na vida do ser humano e porquê, na verdade, o treinamento corporal (não impositivo, respeitando a anatomia e fisiologia, sendo gradual e lúdico) se torna um belo aliado no crescer saudável.
As artes em geral são um meio de expressão completo, são capazes de dar forma ao subconsciente, capazes de tranquilizar a alma que precisava dar vazão aos sentimentos, são meio de comunicação para nosso "eu superior" pois a criação em processo inicial é instintiva. As artes corporais (dança, teatro, acrobacias em solo e em aparelhos aéreos, as artes marciais entre outras), as práticas consciência corporal (Yoga, alongamentos, musculação) e os esportes em geral, corporificam os sentimentos, direcionam as potências corporais através de respiração, alongamento, tensão muscular seguida de relaxamento. Mover o corpo corretamente sempre é benéfico.
Ao alongar e expandir a capacidade de levar ar ao corpo todo, como dito no texto Corpo, Mente e Espírito dilata amplamente a capacidade corporal de recebimento de energia. Todo esse exercício trás uma capacidade ampliada de raciocínio, de expressão emocional, de auto defesa e também de tranquilidade pois a atividade gera um estado de relaxamento posterior, tanto em corpo como em mente. Esse estado de relaxamento dá melhor equilíbrio na tomada de decisões pois a adrenalina inicial já fora bem direcionada.
Os homens tendem a ter uma descarga maior de agressividade a ser liberada por uma questão hormonal, por isso, tendem a ser mais brutos e/ou mais violentos. Através da menstruação, o corpo feminino restabelece e reequilibra os hormônios, no caso dos homens esse processo se dá pelo orgasmo ou pela atividade constante do corpo. Claro que, em ambos os casos o exercício físico é essencial, no entanto, é ainda mais essencial para o corpo masculino. O papel da energia masculina na vida, principalmente dos meninos, é ensinar a direcionar a energia yang, a energia quente, essa função é de suma importância para que, no futuro, tenhamos homens não violentos e mais respeitadores entre si, com crianças e mulheres.
O bom treinamento corporal não ensina a ser violento, mas, sim, a direcionar a raiva para um caminho através do qual não seja necessário machucar ninguém ou, sendo o embate inevitável, ter o discernimento e o controle para não ferir nenhum inocente, ensina a se defender com a força correta para uma defesa não-violenta. Os homens necessitam desse aprendizado mais do que nunca para permitir à força feminina seguir seu caminho sem se sentir em sobrecarga ou em constante ameaça. Crianças com pais ou cuidadores que cumpram com a função masculina e que entendam a necessidade de expressão física dos sentimentos serão futuras mães e/ou adultas sem medo de si próprias e seguras de seus instintos e potências e futuros pais e/ou adultos não-violentos, protetores, não-obsessivos.
AS NOVAS GERAÇÕES E A MEDIUNIDADE
Crianças com o corpo bem desenvolvido, que foram aleitadas no tempo necessário à elas (tempo físico e emocional), que tem uma boa alimentação (que não enfia comida "goela abaixo" para ganho de peso, respeita saciedade e horários de fome, com diversidade nutricional) tendem a desenvolver ainda mais sua mediunidade.
Mediunidade essa que precisa ser olhada com atenção.
Crianças são mensageiras metafóricas, estão sempre a escancarar os erros dos adultos, não para que fiquem bravos ou porque são crianças egoístas, mas, para que melhoremos nosso comportamento enquanto seres. As crianças são nossas mestras e muitas vezes é bastante difícil para nós, enquanto cuidadores, notar. O sistema educacional, bem como a inquisição (que se faz presente até os dias de hoje) poda a mediunidade. Mulheres e crianças tendem a receber mais energia do cosmos e por isso são a parcela social de seres humanos mais calados pelo sistema. As crianças são tidas como egoístas, egocêntricas, birrentas e isso é uma visão arquitetada para traumatizar e podar as potências humanas no estágio mais importante, no desenvolver cerebral, físico e emocional humano. Esse processo de menosprezar e subestimar as mulheres e principalmente as crianças é porquê são partes importantíssimas no desenvolver humano. Esse contato com o espiritual vai sendo bloqueado devido à tanta desconfiança e desvalidação de tudo que as crianças nos dizem, seja com as palavras ou com gestos, elas estão todo tempo mostrando o que acontece a nível vibracional e energético na nossa vida física, estão sempre nos alertando sobre a importância dos sentimentos, do diálogo bem desenvolvido, mostrando inclusive que o amor se manifesta em várias faces. Se estivermos atentos, mesmo que esse processo seja um pouco difícil e gradual, às mensagens que elas trazem, sem impor nossa visão de mundo (que está deturpada e machucada pela vida, quase sempre muito difícil), poderemos construir uma sociedade melhor, que valoriza a construção do novo mundo e a expansão do nosso modo de vida para além, para o melhor.
Para esclarecimento de dúvidas, orientação sobre o decagrama, espiritualidade independente, críticas, sugestões e pedidos de leituras de tarot, mande e-mail para templodasabedoriaelemental@gmail.com ou ligue para (11) 47810714.
Lua e Sombra
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