sábado, 22 de julho de 2017

Prazer, Cristal Lunaray (Canalização)

Olá, meus queridos!



Creio que deva apresentar-me adequadamente perante todos os habitantes que ora partilham, neste planeta, do plano físico da existência, pois zelo, intercedo e pretendo curar e fornecer conhecimento a todos que necessitam, independentemente de vossas espécies, gêneros, identidades sexuais, crenças, hábitos, raças, castas, classes, ideologias ou quaisquer outros aspectos que, infelizmente, ainda possam lhes servir como motivação à incompreensão, à segregação e factualidade de qualquer conflito insalubre, seja ele interno ou externo, que possa vos infringir algum mal.

Meu nome é Cristal Lunaray, sou mulher, natural do reino elemental da Lua e uma das SUPRANATAS responsáveis pela rede cosmo-energética. Fui designada pelo conselho dos supranatos para orientar e guiar o atual momento do processo de reconexão com as sabedorias naturais dos elementos que nos constituem, elevação energética, purificação e evolução espiritual do planeta Terra. Tenho 31.355 anos terrestres de existência sob a forma espiritual que hoje é conhecida como humana, dos quais, 12.355 foram transcorridos já no estágio de consciência de supranata (ou como vocês corretamente vêm traduzindo: mestre ascensionada) que é o estágio de evolução espiritual em que a consciência do individuo transcende o sistema energético de seu planeta natal, permitindo-o acesso opcional a sabedorias e conhecimentos extraplanetários para que continue, se assim desejar, sua jornada evolutiva em outras esferas energéticas.

Desde que retornei das esferas superiores e recebi a concessão da Fraternidade Branca (grupo de supranatos constituído ao todo por 71 mestres ascensionados e seus discípulos dos mais variados lugares do universo, cuja missão é prestar os primeiros socorros, iniciando o processo de despertar e preparando o planeta para que um segundo grupo possa realizar a reconexão completa dos habitantes à essência planetária e, posteriormente, um terceiro grupo possa orienta-los na manutenção da paz) para atuar livremente, em 22/12/2012 (no calendário gregoriano), venho me concentrando em reunir o grupo de supranatos, anciãs e anciãos dos reinos elementais que me ajudarão a restabelecer o equilíbrio elemental, fortalecendo as energias que estão enfraquecidas no planeta; construir uma rede energética de cura e resgate; auxiliar, como possível for, no processo de descoberta e limpeza de karmas, este que é um importantíssimo trabalho individual; disseminar os conhecimentos que foram historicamente omitidos, de forma clara e imparcial; juntar casais que tenham algo a resolver ou, preferencialmente, que sejam casados também no plano espiritual e estejam pelo menos parcialmente conscientes do momento planetário, para que, através dessas uniões sinceras, possam encarnar ou nascer os filhos legítimos destes casais, ou, em geral, das mulheres, crianças amadas, dotadas de incríveis sabedorias e preparadas para lidar com discernimento com a própria espiritualidade, cujas as missões, embora muito variadas, estão sempre ligadas a noção familiar e à compreensão correta da feminidade e da masculinidade. Conhecidas como CRIANÇAS CRISTAIS por sua natureza áurica translúcida e pacífica.

E assim o farei ainda por 96 anos pre-estabelecidos pelo conselho dos supranatos, ao qual encarecidamente pedi por essa oportunidade que fora igualmente cedida de bom-grado por eles, que consideraram minha natureza terrestre e meu conhecimento nato sobre este planeta e seus habitantes. Em caso de não serem suficientes as 1.331 lunações acordadas, ficarei quantos anos mais forem precisos para o cumprimento da minha parte deste processo, mesmo podendo não ser mais uma das responsáveis diretas.

Vinha, até aqui, realizando meu trabalho quase que anonimamente, me mostrando a pouquíssimas pessoas no mundo. Não é da minha natureza reservada querer reconhecimento ou mesmo empatia. Apenas quero ter a oportunidade de transmitir os conhecimentos que precisam ser relembrados e partilhar as novas sabedorias que trago das esferas superiores.


No entanto, percebo ser necessário que vos explique o que estas poucas pessoas estão vivendo por se disporem a vivenciar o que tenho a partilhar, para que elas possam, através de suas atitudes e palavras, ancorar essa rede de ajuda e aprendizado mútuos que se faz tão imprescindível para despertar pessoas no plano físico também.

Desmistificarei alguns conceitos que vem sendo amplamente difundidos de maneira equivocada, por incompreensão, ou estão sendo manipulados por alguns que almejam dificultar o acesso e a reconexão com as energias planetárias.

Estas pessoas, as que se dispuseram a despertar a consciência dos saberes ancestrais, enfrentam comigo e com os outros espíritos que fazem parte da rede cosmo-energética que está sendo ancorada por nós, as energias adversas lançadas por espíritos, encarnados e desencarnados, que estão em condição obsessiva, ou seja, consumidos pelas mágoas que guardaram ao longo da existência humana.

Infelizmente, desde tempos remotos, quando ainda não se tinha conhecimento sobre técnicas de purificação para reinseri-los à convivência saudável com os demais, espíritos nesta condição foram se excluindo, intencionalmente, ou sendo excluídos e combatidos porque se tornavam potencialmente perigosos a outros espíritos. Isolados e pressionados a sobreviver, aprenderam a se alimentar das energias que eram dirigidas a eles e se organizaram, por fim, em diversas sociedades afim de, juntos, causarem mais frequências energéticas de tristeza, medo, solidão, desespero injustiça e sofrimento, para, assim, se alimentarem mais, como vem acontecendo até hoje, no plano físico, o que também favorece para que essa situação se mantenha no plano espiritual.

Essas sociedades ocuparam e ainda habitam os lugares para onde essa energia "densa" é mandada pelas próprias circulações naturais do campo energético do planeta. No início, remontemos 55.000 anos ou um pouco mais, quando a humanidade ainda estava aparecendo para experienciar em plenitude a evolução espiritual, com a liberdade de criar e vivenciar, no plano físico, que nos serve de potencializador de sensações, as experiências que tinham no plano espiritual, através de corpos similares aos que realmente possuímos; o planeta conseguia conduzir a energia que hoje é considerada "negativa", dissipá-la e dissolvê-la sozinho.

Com o passar do tempo, alguns dos espíritos que encarnavam, experimentavam sensações naturais cada vez mais pesadas, oriundas, primordialmente, da não aceitação da morte e do apego ao plano material que nos proporciona tantas experiências primorosas, essas sensações foram desde então compreendidas como sofrimento pelos espíritos que as sentiam, é deste ponto que decorrem todos os sentimentos de pavor, desespero, posse, perda, abandono e vingança que segregam, desde essa época, a humanidade na busca por territórios cada vez maiores e prazeres cada vez mais extremos para preencher um vazio existencial causado pela morte de entes queridos. Dai se derivam todas as guerras, conflitos, assassinatos, estupros, suicídios e castigos, atitudes que expressam as emoções e os instintos humanos de maneira ineficaz, violenta e brutal, gerando sensações tão pesadas para um corpo sutil que nem os espíritos nem o planeta conseguiam limpar. Isso acontece porque, durante qualquer evento de violência não-consensual, parte da energia espiritual e vital dos envolvidos, principalmente de quem está sendo violentado, inconscientemente é expelida do corpo espiritual, e consequentemente do corpo físico, em forma de aura em estado gelatinoso que se fixa em todo o ambiente, para expressar seus sentimentos que não podem ser corretamente trabalhado dentro da situação. Então, com o tempo, a energia "negativa", a energia produzida e liberada a partir destes atitudes, se acumulava, e até hoje se acumula, sobre os corpos espirituais e sobre o campo energético do planeta.

Como efeito dessa cobertura de energia "densa", a aura mal trabalhada, que, em muitos casos, ganha o aspecto de escamas sobrepostas que conferem a espíritos sob elas uma aparência, geralmente, reptiliana; a aura dos espíritos nessa condição se torna rígida e inflexível; ao longo do tempo, sucessivas camadas se formam e começam a repelir outras formas de contato energético. Por isso, estes espíritos sentiam-se, e ainda sentem-se, desconfortáveis no plano espiritual; tornavam-se facilmente irritáveis e agressivos, acabando por atacar outros espíritos que estavam em processo de encarnação ou mesmo já encarnados para tomar seus corpos físicos, mais "densos", que lhes permitia um alívio para o desconforto que sentiam, pois o plano material suporta mais energia "densa"; enquanto que, por outro lado, o corpo material registra essa energia "negativa" no DNA e a transmite para as gerações vindouras. Entretanto, como o corpo físico contra o qual investiam não era preparado especificamente para eles nem para sustentar aquele tipo de energia, ou corpo o expulsava com a ajuda do espirito para o qual foi preparado, ou acabava por adoecer e morrer mais rápido do que deveria, situações que acabavam tirando a razão desses espíritos, pois volviam a sentir-se incomodados e vazios.

Posteriormente, para não rechaçá-los e tentar contornar o problema, afinal, a corporificação era, e ainda é, benéfica para a maioria dos espíritos, foram criadas técnicas para selar o corpo, evitando que eles pudessem tomar o controle facilmente; mas essa solução gerou um problema maior, a conexão com plano espiritual e com o campo energético elemental do planeta começou a declinar de geração em geração e, sem essa conexão, as pessoas não se lembravam das experiências que queriam viver para extrair delas algum aprendizado, nem recebiam mais orientações de seus familiares espirituais e sentiam-se abandonadas e, para aliviar a sensação de perdição, agarravam-se ainda mais ao que tinham, o plano material, o que gerava mais medo da morte e repetia-se todo o processo com mais rapidez e amplitude a cada geração.

Quando finalmente, há mais ou menos 5.000 anos, se descobriu como se pode utilizar a energia de qualquer um dos elementos do planeta, não só para cura de feridas, mas para retirar as camadas de energia "densa", processos hoje conhecidos como purificação, as sociedades formadas pelos seres em condição obsessiva já estavam tão grandes que se estendiam por vastos territórios do planos espiritual e físico, seus lideres já eram tão fortes e poderosos que tinham grandes influências sobre alguns reinos elementais que já haviam desarmonizado as ações dos elementos e afetado a circulação energética do planeta. Necessitava-se de ajuda de seres extra-terrestres para aplacar um pouco a situação. Foi a primeira grande intervenção do conselho dos supranatos em nosso planeta,

Seres de vários planetas das esferas superiores e vizinhas vieram em socorro, alguns ofereceram técnicas de cura, outros experiências e sabedorias, outros ofereceram suas forças e técnicas guerreiras para que se pudesse enfrentar, imobilizar e purificar os espíritos em condição obsessiva que, por causa das sucessivas camadas de energia "negativa", possuem uma resistência fora do comum, por serem, em sua vasta maioria, guiados quase que exclusivamente por seu instinto de sobrevivência, se tornaram indomáveis e violentos, e, ainda, por terem se acostumado a lutar para sobreviver, tinham aprimorado técnicas de luta muito superiores aquelas encontradas na maioria dos reinos elementais. As exceções à época eram a Sombra, o Fogo e a Terra. Força bruta não era opcional, era uma necessidade do momento.

Dentre as raças extra-terrestres que aqui chegaram, uma era vegetal, os Suren-Timimasianos; uma era humanoide, Siorenianos Nukansis; muitas eram aviárias como os Inaikinianos, Tarnizianos, os Nindinitus Ninyzianos, os Mplianos e os Zonarkianos; outros eram similares a felinos ou caninos terrestres, como os Siorenianos Arkinos, as Akaditas, os Ardiliuns e os Kimastreustis; vieram raças aquáticas e anfíbias, como os Fliantisianos Rikins e Srapians, os Hilayusnianos, os Marcianos e os Simpetranos, hoje conhecidos pelo termo comum "grays"; e, por fim, vieram os Milluzianos, os Ampturianos e as Nindrázias Ninyzianas raças humanoides que descendem de dragões. Todas elas, sem exceções, mandaram o melhor que tinham a oferecer e se adaptaram muito bem aos corpos humanos para ensinar e combater também no plano físico. Graças ao apoio de todas essas raças, os reinos elementais conseguiram reequilibrar as forças naturais, reabrir os corpos humanos ao plano espiritual e edificar civilizações.

Apos aproximadamente 2.000 anos todos os povos elementais ocupavam novamente seus territórios, na terra com grande abertura e consciência espiritual, foi a época em que mais mestres  puderam encarnar ou se comunicar com o plano físico,  ensinar suas doutrinas e se tornaram referências religiosas e filosóficas. Esse era o grupo de reconexão, formado por espíritos terrestres de grande consciência que ajudam a direcionar a energia elemental e alguns poucos extra-terrestres do grupo anterior, a maioria deles voltou ao seu lugar de origem, mas aqueles que permaneceram por aqui foram de crucial importância no trabalho de disseminar mensagens.

Recentemente, porém, a aproximadamente 1.000 anos, ocorre uma reviravolta e uma nova ruptura de equilíbrio entre os reinos elementais, por influência de um grupo de espíritos em condição obsessiva que sobrepujou uma guardiã da sabedoria do Fogo, adquirindo controle sobre parte importante, a torre norte, desse reino elemental, enquanto um outro espírito obsessivo, provavelmente um dos primeiros a ser consumidos pelas mágoas (estes são os mais fortes energeticamente porque se alimentaram por mais tempo da energia "negativa"), consegue manipular à distância as decisões tomadas pelos representantes do reino elemental da Luz no plano material, fazendo-os passar a atacar a energia feminina e disseminar fortemente a crença de que a parte instintiva de amor da humanidade, sobretudo do homem, e, principalmente, as técnicas purificadoras e curadoras exercidas pelas mulheres eram coisas espiritualmente negativas.

Como resultado, o feminino e o masculino são bruscamente levados aos extremos, dificultando os processos de cura, purificação e mediunidade, naturalmente realizados pelas mulheres. Pouco tempo depois, as cruzadas e, principalmente, a inquisição interrompem, premeditadamente, a harmônia entre os espíritos que guardam as energias elementais e abrem caminhos para que grupos de espíritos em condição obsessiva se fortaleçam novamente. O impacto é tão avassalador que as décadas posteriores ficaram conhecidas como Idade das Trevas, período em que os grupos de espíritos obsessivos cresceram em proporções inimagináveis e se prepararam para atingir os territórios de outros reinos elementais, causando escravidão de outros povos e, com ela, as energias "negativas" novamente se espalham para o mundo.

Com as energias subjugadas e indefesas perante a aparente fragilidade de sua essência que não pode mais ser expressa em sua real função, as mulheres, no plano físico, principiam a perder confiança em si mesmas e se submetem ao poder masculino descontrolado, inclusive naquilo que fazem da mais sagrado, parir, e tem-se início uma nova forma de causar sofrimento, através de partos complicados, com procedimentos arbitrários que reforçam a dominação masculina e traumatizam as crianças, produzindo energia negativa para o dna desses seres iluminados desde seu nascimento; com tudo isso, os homens acabam se inclinando para uma razão mental que não mais respeita a Floresta, a Terra, a Água, o Raio e Lua, optando por explorá-las desenfreadamente, exatamente como fazem com as mulheres e, por fim, com a revolução industrial, ocorre um desligamento quase total com a energia do planeta.

Paralelamente a isso, esses espíritos obsessivos conseguem supervalorizar a ciência e a constância, fazendo com que ocorresse a separação dos vários fatores que compõe a vida em áreas específicas de conhecimento o que ocasionou todo um processo de descriminação que origina pobreza, sentimento de impotência, vazio existencial, reforçando ainda mais a já imensa corrente desses espíritos. Estrategicamente, eles também demonizaram a parte instintiva da humanidade, fazendo-a ter de parecer contida e regrada o tempo todo, o que provoca acumulo emocional e alimenta ainda mais o ciclo de sensações "negativas".

E é justamente aí, no âmbito do controle emocional, que mora o maior perigo de toda esta história, o descontrole emocional. Pois onde não se tem espaço para que se conduza toda a carga instintiva do ser por medo, repressão ou cobranças, cria-se uma pressão emocional gigantesca que pode ser sorrateiramente aproveitada por esses espíritos em condição obsessiva, que conseguem se valer dessa carga inexpressa para causar atos de violência e, assim, perpetuar mais uma vez o mesmo ciclo de energias "negativas".

Mas o que se deve realmente compreender é que a carga negativa dessas energias, hoje, reside precisamente na sua não aceitação como parte da integridade que somos; portanto, para quebrar o ciclo de energias "negativas", basta parar de negligenciá-las, aceitá-las, compreendê-las e conduzi-las de maneira que possam ser totalmente expressas em passividade.                                        
   
Porém, grande parte dos espíritos em situação obsessiva se adaptaram tão bem a sua condição de se alimentar de frequências energéticas mais densas que se tornou novamente hostil e avessa a qualquer tentativa pacifica de purificação e, agora, determinadamente tentam impedir a devida execução deste processo de reconexão com a integridade da natureza terrestre e com os ciclos energéticos do planeta, o que possibilitará uma vida plena a todos.

Felizmente há pessoas conseguindo disseminar um conhecimento muito amplo sobre cuidados com alimentação, cuidados com os filhos e com o corpo físico que estão auxiliando na purificação do DNA humano através, por exemplo, da terapia transgeracional, dos renascimentos, da humanização do parto, da produção cada vez maior de alimentos orgânicos. Este processo de limpeza de DNA juntamente com o processo de descobertas e cura de situações vivenciadas em outras vidas é de suma importância para a restauração da energia do planeta, pois contribui para a dispersão e dissolução das energias que se acumularam na família terrena a que se pertence e também transmuta a energia áurica e espiritual "negativa" que foi gerada em vidas anteriores, que descola do corpo ao qual foi fixada e retorna ao dono, assim, auxiliando na reconexão e possível purificação pacífica dos espíritos obsessivos, realimentando a energia desse planeta. Olhar, compreender e purificar o passado nunca foi tão importante.    

Para vos auxiliar na tarefa de purificação, o plano espiritual estará agindo nas próximas semanas com uma onda de energia da Lua que vos acolherá na plenitude do amor incondicional e facilitará a compreensão de vossas integralidades e a limpeza de vossas energias. Inúmeros recursos e sabedorias de conexão estão sendo postos à disposição por aqueles que estão imersos no momento, realizando suas missões e partilhando o todo de suas existências.

Com amor,

Cristal Lunaray



segunda-feira, 17 de julho de 2017

Mediunidade


Olá!

Nossa missão hoje é falar-vos um pouco sobre o que é e como acontece a mediunidade!



Em primeiro lugar, é necessário desmistificar a superestimação dos médiuns. Muitas pessoas, ainda hoje, associam inconscientemente, geralmente por conta das produções de cinema e televisão ou de figuras expoentes como Chico Xavier e Allan Kardec, o conceito de médium ao conceito de herói, como se a mediunidade fosse um dom sobrenatural reservado apenas a alguns poucos escolhidos de coração puro e caridoso, que seguem uma rigorosa disciplina e se sacrificam em prol do bem dos outro. Porém, a verdade é que somente alguns médiuns de algumas doutrinas realmente se restringem a essas características, enquanto que, por outro lado, a grande maioria dos médiuns sofre o outro extremo do paradigma, o medo, a incompreensão e a descrença, seja por familiares e amigos, seja por pessoas da área, leva, frequentemente a uma mediunidade mal-aceita e mal trabalhada que pode ser confundida com desordens mentais .  

Sendo assim, vale ressaltar que a mediunidade é uma habilidade que muitas pessoas têm e que pode se manifestar em diversas formas, podendo ser usada de variadas maneiras e para os mais variados fins. Compreendamos que , assim com qualquer outra habilidade natural, a mediunidade por si só não define caráter ou confere a médium algum um código especifico de ética e conduta, sequer norteia religiosidade ou estabelece lugares e horários para acontecer. Isso depende da educação da pessoa, do treinamento da habilidade e de com que tipo de espírito ou de que maneira o médium desenvolve o seu trabalho, entre tantos outros fatores.    

ELES SÃO COMO NÓS

Noutro plano, na maioria das vezes, nossos mentores, mestres, guias, são pessoas como nós. Existem os seres de outros planetas? Sim, existem, e eles também tem lá suas limitações mas, na maioria das vezes estamos a nos comunicar com espíritos humanos.

O interessante de compará-los a nós (afinal, eles são como nós) é que se torna mais aceitável as nuances comportamentais. Um espírito nem sempre está disponível ou disposto a você ou a ajudar-te, da maneira que você deseja, na hora que você deseja. Exatamente como nós não estamos disponíveis nem dispostos a tudo sempre.

O que nos diferencia é que, no plano espiritual, têm-se uma consciência mais ampla sobre os acontecimentos que nos rodeiam, o que permite a eles um olhar menos preconceituoso sobre as situações que vivenciamos em terra. Considerando, claro, que quando se está noutro plano, normalmente, se tem acesso irrestrito às lembranças de todas as experiências que já se viveu, tanto em vida encarnada quanto em existência etérica, o que faz de muitas pessoas (não todas) mais sábios.

Ter essa consciência mais ampla, porém, não significa ter onisciência! Significa que os espíritos reagiriam à maioria das situações da vida de outra forma, nós temos o olhar limitado, porque, de maneira geral, estamos com uma parte bem pequena da nossa própria consciência aqui em  nosso corpo físico, por isso muitos médiuns independentes traçam o caminho de sua evolução para se conectarem ao "eu superior", ou seja, obter acesso à sua própria consciência total. É possível, no entanto de raro sucesso e difícil manutenção, pois, nosso corpo está, comumente, preparado, para abrigar apenas a parte de nossa consciência que escolhemos trazer para trabalhar aqui em terra.

 A nossa incompletude é que torna a troca de conhecimento e de vivências com um espírito desencarnado que esteja devidamente preparado para nos orientar muito proveitosa e, portanto, torna os médiuns com facilidade de contato um tanto privilegiados.

Esse conhecimento que vem dos espíritos que são como nós mas sabem mais por uma questão de consciência e experiência, é o que se torna um grande aliado e uma enorme responsabilidade.

O cenário que encontramos hoje, como dito no início, é de pessoas sendo supervalorizadas pela mediunidade e outras sendo constantemente mal-vistas e mal-faladas, também pela mediunidade. Vemos também pessoas se aproveitando demasiadamente desse canal de comunicação para uma ganância sem precedentes e pessoas que se recusam a ganhar algo em troca desse serviço, crendo que a caridade é o melhor caminho.

Como sempre o desequilíbrio impera.

Vamos desmistificar...

VARIAÇÕES DA MEDIUNIDADE E SUAS EVENTUAIS OSCILAÇÕES

Não existe apenas uma maneira de comunicar-se com uma pessoa, você pode falar pessoalmente usando a voz, pode usar os gestos e atitudes, pode telefonar, escrever uma carta, mandar mensagem no whatsap, enfim, uma gama infinita de possibilidades comunicação.. Ora com a mediunidade é a mesma coisa, nem todo espírito sabe, pode ou quer realizar uma incorporação, bem como nem todo médium sabe, pode ou quer permitir uma incorporação. Muitos espíritos se comunicam apenas através de sonhos por exemplo, como também muitos médiuns sentem apenas as energias que os rodeiam.    

Por tanto, a mediunidade varia de pessoa para pessoa e inúmeros fatores tanto externos quanto internos contribuem ou atrapalham o seu desenvolvimento.

O estado emocional influencia sobre o controle da aura, portanto, sobre a percepção do médium e sua capacidade de incorporação; alimentação, estado físico e tipo de energia, são outros exemplos do que pode influenciar na mediunidade.

Por outro lado, os espíritos não veem tudo o tempo todo, não sabem de tudo e não podem fazer qualquer coisa. Eles tem, sim, como já foi dito, consciência mais ampla por isso podem ajudar, mas mesmo essa consciência mais ampla tem suas limitações físicas, por exemplo, eles podem não estar presentes no local e horário de um determinado acontecimento, e, portanto, não saber sobre ele.

Outra coisa importante sobre os espíritos é que, bem como nós, eles também tem habilidades, especialidades, tem seus estudos voltados aos seus interesses e cumprem a missão deles na medida do possível para eles.

Espíritos também precisam gerenciar seu tempo, não estão sempre disponíveis, podem estar estudando, descansando, trabalhando noutras coisas ou qualquer outra coisa muito inimaginável para nós...

O médium não depende de lugares específicos, afinal, recebe energia cósmica em qualquer lugar (a energia cósmica auxilia a abertura ao contato com o plano espiritual). No entanto o médium pode estar mais sensível em ambientes com mais energia registrada (lugares com muita energia boa, ou com muita energia de desespero, tristeza e etc), essa sensibilidade se dá por conta da aura das pessoas que vão deixando registros nos lugares por onde passam ou onde vivem, se forem deixados líquidos com energia vital como sangue, sêmen, leite materno, líquido amniótico, essa energia tende a ser muito potente (tanto positiva quanto negativamente). Mesmo que se limpe o local, muito provavelmente médiuns terão sensações ao estar nesses ambientes, pois o físico foi limpo, mas a energia vital contida ficou.

A nossa aura se fixa em lugares e em outras auras porque ela é maleável e normalmente se encontra num estado de abertura, como água, acaba se misturando aos ambientes ou as auras de outras pessoas.

Incorporações, visões e trabalhos energéticos podem acontecer em qualquer lugar, porém, no caso dos trabalhos energéticos, é melhor que se faça num local de confiança para o médium não ser afetado enquanto trabalha noutra pessoa.

Nem todo médium incorpora, nem todo médium vê, nem todo médium ouve o plano espiritual.
Essas habilidades variam e são pré-estabelecidas quando concluímos nosso contrato de vida antes de nascer, contrato este que guiará nosso processo de aprendizado neste plano e que é escrito por nós mesmos de acordo com o que cremos ser nossa necessidade ou com auxilio, se o caso for uma missão recebida por nós de outro espírito.

Existem médiuns com:

Corpo selado- Não incorpora, tem muita dificuldade ou não consegue se lembrar de outras vidas, pode ter clarividência e clariaudiência, porém necessita de muito treino, por isso, geralmente tem sonhos, premonições, ou apenas sensações.

Corpo fechado- O médium tem total controle sobre incorporação, ele pode escolher e aceitar qual espírito vai o incorporar, no entanto, tem dificuldade e necessita de treino e tempo para conseguir incorporar, tendo, por isso, mais aptidão para a clarividência, clariaudiência e psicografia decorrente de prática constante.

Corpo semi-aberto- O médium é constantemente aberto a alguns espíritos, tem controle sobre incorporação, consegue abrigar os espíritos que tem acesso a ele (permissão) e usar o corpo sem restrição, além de clarividência e clariaudiência bem desenvolvidas.

Corpo aberto- Incorpora todo e qualquer espírito que quiser usar o corpo, é bastante perigosa por deixar o médium à deriva, necessita de atenção e treino para reconhecer e se defender de influências negativas. Além disso, os processos de clarividência e clariaudiência tendem a ser demasiadamente descontrolados e incômodos.

Os médiuns de corpo fechado ou semi-aberto podem se tornar momentaneamente de corpo aberto, se fizerem uso excessivo de algumas substâncias como bebidas alcólicas (o álcool força a amplitude chákrica, ampliando a aura e nos deixando completamente vulneráveis, além de reconfigurar temporariamente a costura da energia vital, tornando mais fácil desdobramentos e viagens astrais), o que é muito perigoso, já que com o corpo aberto, espíritos em condição de obsessores podem ter livre acesso. Este livre acesso pode acarretar desde simples conflitos familiares até assassinatos ou suicídios.

BREVE ESTUDO SOBRE AS INCORPORAÇÕES

As incorporações acontecem em diferentes níveis e de acordo com a consciência do espírito que quer incorporar.

Se o espírito tiver uma consciência muito ampla, muito conhecimento e muita experiência, terá dificuldades em se adequar a um corpo e mente limitados, o que gasta energia física para pensamento e ação que o espírito deseja e sabe concretizar. Isso explica o porquê dos espíritos não conseguirem falar tudo que querem com a liberdade que querem, pois o cérebro do médium simplesmente não é capaz de compreender (fazer a sinapse) a ideia que o espírito quer transmitir. Nem sempre o espírito quer ser enigmático ou metafórico!

Uma incorporação pode ser:

Parcial- quando o espírito usa somente uma parte do corpo do médium, pode ser braços, pernas ou boca, a fim de transmitir uma mensagem.

Completa- quando o espírito tem acesso ao corpo inteiro do médium e utiliza do sistema chákrico do corpo para implementar sua própria energia, fazendo o corpo funcionar como o corpo espiritual dele funciona.

Incorporação completa não abrange a consciência total do espírito que incorporou, significa que o espírito pegou emprestado o terminal energético corporal. Isso pode acontecer com uso de 1% de consciência.

Quanto mais consciência o espírito trouxer, mais de sua própria energia ele precisará colocar no corpo do médium, portanto, mais exaustão causará no médium, em contrapartida mais informação pode ser partilhada. Por isso o espírito sempre calcula no momento da incorporação o quanto o corpo do médium pode suportar de sua consciência e, a partir daí, decide como fazer para que o que ele tem a dizer seja bem compreendido pela pessoa com quem ele está falando. No caso de um obsessor, raramente há esse respeito com o corpo do médium o que é bastante prejudicial, podendo até levar a morte.

INSTRUMENTALIZAÇÃO DOS MÉDIUNS

Além das capacidades mediúnicas, a instrumentalização é um excelente caminho para abertura consciente, autoconhecimento e potencialização dos dons. Essa instrumentalização inclui aprender a utilizar oráculos, instrumentos de comunicação, comunicar-se com a natureza utilizando de seus meios de cura (ervas e alimentos), pedras e cristais, pois contém energias que podem auxiliar em muitos processos, pêndulos de pedra, madeira ou metal também para comunicação e para medir energia. É valido ainda aprender técnicas que utilizem apenas as cinco energias do corpo para cura, purificação, selamento, ataque e defesa (pessoal e ambiente) para caso sejam necessárias em possíveis situações em que seja preciso lidar com espíritos em condição obsessiva. Recomendamos que cada médium procure saber de seu protetor, mentor, mestre e/ou guia para que ele(s) direcionem o aprendizado de tais técnicas e nos colocamos à disposição para aqueles cujo os espíritos nos indicarem como ou quem precisa de ajuda para efetuar esse tipo de contato.            

A instrumentalização é o direcionamento das capacidades do médium e a potencialização das mesmas, sendo o autoconhecimento e a possibilidade de compreender o passado, o presente e as probabilidades futuras um meio de poder sobre o próprio caminho.

Cremos que no sistema em que vivemos nós precisamos também garantir a sobrevivência, as terapias espirituais são uma prestação de serviço como outro qualquer, que contribuem para a evolução pessoal e o bem estar, não há nada de errado em fazer essa troca. O verdadeiro problema é como se direciona esse dinheiro e este problema não é só dos médiuns, é uma consciência que deve ser coletiva.

Nós, do Templo da Sabedoria Elemental, exercemos o ofício de orientar e despertar, somos médiuns e precisamos sobreviver. Temos sonhos e metas, a maior delas é ter um espaço de convivência coletiva onde os saberes do decagrama serão disseminados e vivenciados.

Na nossa missão seguimos, o conhecimento jamais será negado a vós, a verdade precisa prevalecer.

A quem se interessar, pode contatar-nos para partilhar vivências ou saber mais sobre nossa consultoria de tarot através do email templodasabedoriaelemental@gmail.com ou do telefone (11) 47810714.

Gratidão!
Lua e Sombra.


 




domingo, 9 de julho de 2017

Como alcançar a plenitude através da aceitação do todo que somos...

Olá a todos e todas!

Uma breve nota de retificação: No texto anterior  Sobre nossas leituras de Tarot  colocamos telefone e e-mail para que os leitores possam nos contatar para partilhar vivências e agendar consultas de tarot. Informamos que, infelizmente, ocorreu um equívoco de digitação no endereço de e-mail divulgado, pedimos perdão a todos os nossos leitores, em especial àqueles que dispuseram de seu valioso tempo para nos honrar com uma mensagem, e esperamos não ter causado nenhum mal. retificamos nosso endereço eletrônico e pedimos, por gentileza, para que, caso desejem se comunicar conosco para esclarecer qualquer dúvida, compartilhar experiências ou, conforme supracitado, agendar consultas de tarot, enviem e-mail para templodasabedoriaelemental@gmail.com 
O telefone de contato está correto: (11) 4781-0714
Desculpem o transtorno!

Vamos ao texto de hoje!




Temos dentro de nós forças inimagináveis, forças que poderiam nos mover à nossa missão, se fossem bem compreendidas e devidamente trabalhadas para agirem em nosso favor. No entanto, a base educacional do início da vida tem nos dado mais medo de nós mesmos do que nos encorajado a amar quem somos.
Isso ocorre porque temos, hoje, uma cultura fixada de medo que é transmitida tanto para o feminino quanto para o masculino que acabam por ficarem sempre mal compreendidos, onde não podem ser mais nada além de completamente passivo e completamente agressivo.
Explicando melhor, essa supracitada cultura do medo nos coloca constantemente numa posição de incapacidade sobre os próprios instintos, sobre a própria intuição. Estamos sendo educados a não ouvir nosso corpo nem nossas emoções, apenas jogamos ambos para responsabilidade de especialistas que também tem uma visão científica limitada, visão esta que não contempla o todo. 

Um exemplo claro disso que acabamos de vos dizer é o parto como é tratado e conduzido hoje. 

As dores sentidas nas contrações de parto são tidas como sofrimento, algo a ser acelerado e evitado, quando, na verdade, são parte de um processo importantíssimo que não é planejável, é como é. As contrações são, na maioria das vezes, violentas. É a forma do corpo da mãe dizer ao seu filho que está na hora certa de vir ao mundo, decisão que parte da preparação do filho (que necessita estar com pulmões maduros, prontos para respirar), então não é uma imposição mas, sim, uma percepção e um processo conjunto. Esse é o papel dos pais no nosso caminho. Nos oferecer carinho e cuidado para que, quando estivermos prontos, façam conosco o processo de corte, que, às vezes, precisa de mais firmeza para que aconteça. É natural, é fisiológico. Ainda assim, despejamos a responsabilidade do parto à terceiros, sendo que o instinto maternal e o emocional da família e da mãe são os fatores mais essenciais, todo o resto é apoio. Esse apoio é bom, mas não é essencial. No entanto, a equipe de parto acaba por ser essencial pelo despreparo da mãe e a desconfiança que ela tem sobre si própria, desconfiança desencadeada por séculos de imposição.  Se torna essencial nos dias de hoje pela dificuldade que temos de encarar os processos que envolvem dor, o medo excessivo de nós mesmos, o pouco conhecimento que temos de nós e nossa precária consciência corporal e emocional.

A estrutura familiar da qual viemos está abalada, generalizamos esse quesito pois se tratam de gerações e gerações mal compreendidas, traumatizadas, sem entender seu propósito, num meio fio onde pais não podem ser pais e mães não podem ser mães. As crianças provenientes dessas relações também dificilmente conseguem vivenciar sua infância.

Pais de hoje são, em sua maioria, crianças mal entendidas de seu masculino, não sabem lidar com a paternidade pois não tiveram boas referências masculinas, acabam por ser relapsos ou agressivos. Isso consequentemente afeta o papel materno que fica sobrecarregado e, consequentemente, temos mulheres com traumas seríssimos relacionados a maternidade e relações afetivas, agressivas com suas crianças ou simplesmente sem tempo para maternar. Veremos em ambos os casos que há uma distorção enorme no que diz respeito à como direcionar a energia masculina e feminina.

O feminino de hoje luta constantemente contra a ditadura anterior que foi imposta pelos homens. É compreensível que esse movimento aconteça pois o equilíbrio se dá num movimento e não na estaticidade, porém, essa força feminina está sendo, em muitos momentos, igualmente agressiva tanto quanto no caso do machismo, o que está sobrecarregando a mesma de tarefas e responsabilidades, aliadas na busca por direitos sociais. Os homens, por sua vez, ficam entre oito ou oitenta (fracos, sem opinião ou demasiadamente agressivos). Uma união estável desse feminino e desse masculino só pode ser muito ruim ou precisar de um longo período e muito trabalho interno para resiliência.

Com esses exemplos citados não estamos generalizando que todos os homens e todas as mulheres sigam este padrão, estamos apontando o atual padrão de conduta social observado por nós através de nosso ciclo de contatos sociais, interações por meios de comunicação e o que estão mostrando todas as mídias as quais temos acesso.

Os casais que conseguem sair desta "armadilha" dificilmente tem problemas sérios, no entanto, é bem mais comum ouvirmos falar de casais com problemas sérios ou se separando do que o contrário, infelizmente.

Mais um esclarecimento: Falamos de energia feminina e masculina, casais homossexuais acabam naturalmente equilibrando essas energias mesmo que sendo do mesmo sexo ou em transição sexual.

COMO ESTE PROCESSO AFETA NOSSAS CRIANÇAS?

Seres de incrível consciência estão vindo para revolucionar padrões que não são mais ou nunca foram úteis para o nosso planeta.

Esses seres preciosos necessitam de uma educação diferenciada daquela que estamos habituados (aquela que padroniza e não respeita/ não dá espaço para os diferentes tipos de inteligência) e para isso precisam de pais que trabalham suas percepções de mundo com afinco e que estejam dispostos a fazer diferente das gerações anteriores. Esses pais podem não obter sucesso ou conseguir um pouco mais de abertura mental para seus filhos e aí, a missão se repetirá na geração seguinte, assim por diante.

Crianças que crescem num ambiente, habitat, que é constantemente violento e conflituoso, onde as pessoas não conseguem manter um vínculo minimamente saudável, terão muito trabalho a fazer para conseguir se livrar dessas lembranças e destes exemplos que se tornam marcas profundas no inconsciente, podem ser extremamente violentas ou inseguras. Crianças que crescem num ambiente onde não se fala de medos ou raiva, tampouco de instintos como o instinto sexual, quando sentirem-se com raiva ou sexualmente excitadas terão medo de si mesmas, criando armaduras invisíveis de ego sem maleabilidade para desenvolver sua própria personalidade. Crianças que crescem num ambiente onde lhes é imposta a passividade, tranquilidade, serenidade, serão incapazes de expressar as outras forças das quais são portadoras.
Precisamos dessa totalidade, não é e nem nunca foi uma questão de controle, não se pode controlar nossa natureza.

A totalidade, dentro da pedagogia familiar, se dá pela diversidade e principalmente pelo equilíbrio entre o feminino e o masculino.

Se um está ausente, dificilmente será substituído pois se trata de uma sobrecarga. Para um cuidador é humanamente impossível dar conta de transmitir o todo (feminino e masculino) o tempo todo. 

Por isso, nas circunstâncias de mãe ou pai ausentes por qualquer razão, as crianças tendem a ter problemas com a energia que deveria ser colocada e não está sendo, pois o cuidador que tinha essa missão não está por perto.

QUAIS SÃO AS MISSÕES QUE A ENERGIA FEMININA E A ENERGIA MASCULINA, EM HARMONIA, CUMPREM NA NOSSA VIDA?

Em linhas gerais:

O masculino cuida do pensamento lógico, da ação contínua, da constância, da estratégia, da proteção à família, da análise ampla, da boa construção do corpo físico e mental, da execução dos planos, do direcionamento inteligente do instinto e da expressão das ideias tomadas em conjunto pelo casal.

O feminino cuida do lúdico, da inconstância, da observância, da análise detalhada, do entendimento emocional e subconsciente, da empatia, da telepatia, da nutrição, do acolhimento através do diálogo pacífico, da elaboração da matéria, da introspecção, da decisão do que será feito e do desenvolver mediúnico.

A ausência de uma das duas numa família leva, como já foi dito, á sobrecarga. Acontece também muito frequentemente de famílias não conseguirem cumprir o papel de uma das duas, por problemas e traumas com as experiências que estão registradas para com as gerações passadas.

Podemos quebrar esse ciclo entendendo qualquer tipo de impasse relacionado ao feminino e masculino em nós mesmos e qual a relação disso com o que vivenciamos no decorrer de nossa vida. É preciso compreender que, bem como a passividade é importante, tão importante é a atividade. Entender que a raiva e os instintos sexuais não devem ser negligenciados ou reprimidos, devem ser bem entendidos e bem direcionados e que nenhum ser humano é capaz de ser completamente "bom" todo o tempo, até porque "bondade" é relativa. Nossa grande missão aqui é aprender, evoluir. Antes de evoluir, o erro e a dor são as chances mais valorosas que temos em mãos, são bons mestres, é preciso validar nossa jornada e nossa totalidade.

O universo é cheio de nuances, está em constante transformação, bem como a natureza e seus habitantes.


No entanto, temos uma árdua caminhada a percorrer, visto que mesmo em se tratando de espiritualidade, o que prevalece na grande maioria dos discursos de lideranças espirituais, inclusive dentre os esotéricos ou espiritualistas independentes, ainda parece ser a ideia da evolução espiritual dependente ou de alguma maneira associada à anulação ou domínio, mas nunca à aceitação, à compreensão e ao devido direcionamento, daquilo que normalmente se entende como o lado "sombra" que geralmente representa a parte do nosso ser que não é agradável por ser considerada animalesca, portanto, agressiva ou instintiva de mais para ser concebida enquanto outra possibilidade de manifestação de amor.



As crianças precisam ser educadas para a totalidade. Não podem ser completamente pacíficas porque, quando os impulsos vierem a tona ou quando precisarem de outro tipo de ação, não saberão agir. Não podem, obviamente, crescer num ambiente agressivo e sem a mínima expressão de amor porque se tornarão agressivas.

Nesse campo que entramos agora, poderemos entender melhor a função das artes corporais na vida do ser humano e porquê, na verdade, o treinamento corporal (não impositivo, respeitando a anatomia e fisiologia, sendo gradual e lúdico) se torna um belo aliado no crescer saudável.

As artes em geral são um meio de expressão completo, são capazes de dar forma ao subconsciente, capazes de tranquilizar a alma que precisava dar vazão aos sentimentos, são meio de comunicação para nosso "eu superior" pois a criação em processo inicial é instintiva. As artes corporais (dança, teatro, acrobacias em solo e em aparelhos aéreos, as artes marciais entre outras), as práticas consciência corporal (Yoga, alongamentos, musculação) e os esportes em geral, corporificam os sentimentos, direcionam as potências corporais através de respiração, alongamento, tensão muscular seguida de relaxamento. Mover o corpo corretamente sempre é benéfico.

Ao alongar e expandir a capacidade de levar ar ao corpo todo, como dito no texto Corpo, Mente e Espírito  dilata amplamente a capacidade corporal de recebimento de energia. Todo esse exercício trás uma capacidade ampliada de raciocínio, de expressão emocional, de auto defesa e também de tranquilidade pois a atividade gera um estado de relaxamento posterior, tanto em corpo como em mente. Esse estado de relaxamento dá melhor equilíbrio na tomada de decisões pois a adrenalina inicial já fora bem direcionada.

Os homens tendem a ter uma descarga maior de agressividade a ser liberada por uma questão hormonal, por isso, tendem a ser mais brutos e/ou mais violentos. Através da menstruação, o corpo feminino restabelece e reequilibra os hormônios, no caso dos homens esse processo se dá pelo orgasmo ou pela atividade constante do corpo. Claro que, em ambos os casos o exercício físico é essencial, no entanto, é ainda mais essencial para o corpo masculino. O papel da energia masculina na vida, principalmente dos meninos, é ensinar a direcionar a energia yang, a energia quente, essa função é de suma importância para que, no futuro, tenhamos homens não violentos e mais respeitadores entre si, com crianças e mulheres. 

O bom treinamento corporal não ensina a ser violento, mas, sim, a direcionar a raiva para um caminho através do qual não seja necessário machucar ninguém ou, sendo o embate inevitável, ter o discernimento e o controle para não ferir nenhum inocente, ensina a se defender com a força correta para uma defesa não-violenta. Os homens necessitam desse aprendizado mais do que nunca para permitir à força feminina seguir seu caminho sem se sentir em sobrecarga ou em constante ameaça. Crianças com pais ou cuidadores que cumpram com a função masculina e que entendam a necessidade de expressão física dos sentimentos serão futuras mães e/ou adultas sem medo de si próprias e seguras de seus instintos e potências e futuros pais e/ou adultos não-violentos, protetores, não-obsessivos.   

AS NOVAS GERAÇÕES E A MEDIUNIDADE

Crianças com o corpo bem desenvolvido, que foram aleitadas no tempo necessário à elas (tempo físico e emocional), que tem uma boa alimentação (que não enfia comida "goela abaixo" para ganho de peso, respeita saciedade e horários de fome, com diversidade nutricional) tendem a desenvolver ainda mais sua mediunidade. 

Mediunidade essa que precisa ser olhada com atenção. 

Crianças são mensageiras metafóricas, estão sempre a escancarar os erros dos adultos, não para que fiquem bravos ou porque são crianças egoístas, mas, para que melhoremos nosso comportamento enquanto seres. As crianças são nossas mestras e muitas vezes é bastante difícil para nós, enquanto cuidadores, notar. O sistema educacional, bem como a inquisição (que se faz presente até os dias de hoje) poda a mediunidade. Mulheres e crianças tendem a receber mais energia do cosmos e por isso são a parcela social de seres humanos mais calados pelo sistema. As crianças são tidas como egoístas, egocêntricas, birrentas e isso é uma visão arquitetada para traumatizar e podar as potências humanas no estágio mais importante, no desenvolver cerebral, físico e emocional humano. Esse processo de menosprezar e subestimar as mulheres e principalmente as crianças é porquê são partes importantíssimas no desenvolver humano. Esse contato com o espiritual vai sendo bloqueado devido à tanta desconfiança e desvalidação de tudo que as crianças nos dizem, seja com as palavras ou com gestos, elas estão todo tempo mostrando o que acontece a nível vibracional e energético na nossa vida física, estão sempre nos alertando sobre a importância dos sentimentos, do diálogo bem desenvolvido, mostrando inclusive que o amor se manifesta em várias faces. Se estivermos atentos, mesmo que esse processo seja um pouco difícil e gradual, às mensagens que elas trazem, sem impor nossa visão de mundo (que está deturpada e machucada pela vida, quase sempre muito difícil), poderemos construir uma sociedade melhor, que valoriza a construção do novo mundo e a expansão do nosso modo de vida para além, para o melhor.   

Para esclarecimento de dúvidas, orientação sobre o decagrama, espiritualidade independente, críticas, sugestões e pedidos de leituras de tarot, mande e-mail para templodasabedoriaelemental@gmail.com ou ligue para (11) 47810714.

Lua e Sombra